Vasos de Honra

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O NASCIMENTO DE CRISTO - NATAL 2017


Leitura Bíblica: Gálatas 4:1-7

Introdução: O término de mais um ano se aproxima rapidamente. É o tempo quando o nascimento de Jesus Cristo é comemorado de uma maneira mais específica. Todos nós gostamos de ouvir as palavras que o anjo falou a José, que ficou preocupado com  a inesperada gravidez de Maria, a sua noiva. “José, filho de Davi, não temas receber Maria, a tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espirito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” Mt.1:20-21.

Quando Adão e Eva pecaram, Deus não os entregou às consequências totais de sua desobediência; antes, Ele lhes deu a promessa de um Salvador, pelo qual receberiam o perdão de seus pecados. Essa promessa deu ao povo a esperança de tempos melhores. Os anos se passaram, mas a promessa nunca foi esquecida. O profeta Isaías descreveu como o Salvador chegaria à terra. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”- Deus conosco, Is.7: 14; Mt.1:23. O prometido Salvador seria  o próprio Deus em forma humana - Deus manifestado na carne, 1Tm.3:6. Assim, na plenitude do tempo, quando tudo foi devidamente preparado para o nascimento do prometido Salvador, o Deus soberano agiu mais uma vez na história da humanidade. Agora, estamos prontos para meditar sobre o texto de Gálatas 4:4-6.

1.A Condição de seu Nascimento. ”Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Para que Ele fosse nosso Salvador, de verdade, duas condições eram necessárias:

Primeira, Ele teria de ser um verdadeiro homem, “nascido de mulher”. Foi o homem que pecou, portanto, é o homem que tem que receber o salário do pecado, que é a morte. Cristo veio como o nosso substituto, um verdadeiro homem, capaz de receber o salário do nosso pecado. Como  o Verbo (Jesus Cristo) se fez carne e habitou entre nós? Jo.1:14. Maria recebeu esta explanação: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado o Filho de Deus” Lc.1:35. Este (o que haveria de nascer) é a imagem do Deus invisível (...) Porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” da Divindade, Cl.1:15-19; 2:9. Veja a disposição de Cristo ao aceitar o desafio da redenção do seu povo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou (deixou de lado sua glória celestial por um breve tempo), assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte  e morte de cruz” Fp.2:5-8. Dessa maneira, Ele demostrou a intensidade do seu amor para com o seu povo. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos” Jo.15:13.

Segunda: Ele teria de ser “nascido sob a lei”. Isto é, sob a obrigação de prestar uma obediência imaculada à esta lei. Ele teria de ser como o cordeiro nos sacrifícios do Antigo Testamento: “sem defeito e sem mácula” 1Pe.1:19. Estando totalmente livre de qualquer pecado pessoal, Ele tinha as condições necessárias para “carregar, ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” 1Pe.2:24. “Porque, como, pela desobediência de um só homem (Adão), muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só (Cristo), muitos se tornarão justos”- em virtude da perfeita obediência, Rm.5:19. Essa obediência de Cristo é imputada (atribuída) a todos os que nele creem, por isso, podemos confessar: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos  na esperança da glória de Deus” Rm.5:1-2.
À luz dessas verdades, qual deve ser a nossa disposição? Reconhecemos que fomos comprados (redimidos) por bom preço. Portanto, pesa sobre nós o dever de glorificar  a Deus no nosso corpo e no nosso espírito, os quais pertencem a Deus, 1Co.6:20.

2 A Consciência de seu Nascimento. “Para resgatar os que estavam sob a lei”- sob a sentença da morte por causa de seus pecados. Cristo veio plenamente consciente da sua missão, declarando: “Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida  em  resgate por muitos” Mc.10:45. Para resgatar alguém, entende-se que a pessoa está num estado de escravidão, ou de condenação judicial. E, para ser libertado desse estado, alguém de fora tem que pagar o preço estipulado. Cristo veio para pagar esse preço; isto é, à custa de sua própria vida, porque o salário do pecado é a  morte, ou pago pelo próprio pecador, ou por um substituto que Deus possa reconhecer. Cristo é o reconhecido substituto, por causa da sua vida imaculada. O Ap. Pedro nos faz lembrar: “Que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro, sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” 1Pe.1:18-19. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” Jo.8:36. Vamos sempre lembrar que Cristo veio a este mundo a fim de resgatar os que estavam sob a lei e sob a pena de morte por causa de seus pecados. Resgatados por Cristo, todos os nossos pecados do passado, do presente e do futuro são perdoados: “Pois no Senhor há misericórdia; nele, copiosa redenção” Sl.130:7. E, novamente, vamos lembrar: “Se, todavia, alguém pecar (por acidente), temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; Ele é a propiciação pelos nossos pecados” 1Jo.2:2. Ele os encobre da presença de Deus, apresentando-nos como se fôssemos verdadeiramente inocentes. É importante ponderar sobre a conclusão do Salmista: “Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão para que te temam” Sl.130:3-4. Esse perdão foi feito possível por causa da obra redentora de Jesus Cristo e aplicado a nós pelo Espírito Santo.

3 A Conquista de seu Nascimento:  “A fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” Cristo veio para o que era seu (o povo de Israel) e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. 1Jo.1:11-13. A nossa salvação, desde o início e até o fim da nossa vida, é um ato da soberana misericórdia de Deus. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” Rm.5:8.

Mas, como podemos saber, com certeza, que somos os filhos que o próprio Deus adotou por meio de Jesus Cristo? Ef.1:5. “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”. É o Espírito Santo em nós que nos dá esta certeza: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” Rm.5:5. “O Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” Rm.8:16. Essa testificação nos faz sentir a realidade do amor paternal de Deus para conosco, pela qual conseguimos clamar: Aba, Pai! - um clamor de reconhecimento. “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” 1Jo.3:2. Aba Pai é um hebraísmo que intensifica a realidade do amor do Pai para com o seu povo. Cristo, quando orou no jardim de Getsêmani, usou este vocábulo: “E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” Mc.14:36. Como é precioso poder testemunhar do amor de Deus para conosco. “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” 1Jo.4:16.

Conclusão: Esta é a mensagem do Natal: que Deus, por amor a nós, pecadores, “enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” Que possamos ter esse clamor filial, porque a certeza da nossa salvação depende desta intimidade com Deus. Desejamos que este Natal possa conduzir cada um de nós para uma comunhão mais pessoal “com o Pai, e com seu Filho, Jesus Cristo”. IJo.1:3. Amém.

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