Vasos de Honra

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O ESTUDANTE DE TEOLOGIA



Warfield (um conhecido teólogo) conclui seu estudo sobre a ideia de Teologia Sistemática com esta mui comovente declaração em relação ao estudante de teologia:

“Se é este o valor no uso da doutrina, o teólogo sistemático é, preeminentemente, um pregador do evangelho; e o propósito de seu trabalho é, obviamente, não apenas a organização lógica das verdades que pertencem à sua disciplina, mas, comover os homens, mediante o seu poder, para  amar a Deus de todo seu coração e o seu próximo como a si mesmo; escolher a sua vocação com o Salvador de suas almas; achar e apegar-se a Ele como uma preciosidade; e  reconhecer e entregar-se às mansas direções do Espírito Santo, o qual foi enviado por Ele (Jesus Cristo). Com uma verdade como esta, ele não se atreverá a  lidar com o seu estudo de uma maneira meramente fria e científica, antes, permitirá, com justiça e necessidade, a sua preciosidade e o seu  propósito prático a determinar a atitude pela  qual ele procede no seu estudo, e despertar um amor reverencial, sem o qual ele não pode compreender as suas relações recíprocas. Para isso, ele precisa ser infundido, o tempo todo, com uma apreciação inefável do valor da revelação que está diante dele, como a fonte de seu material, e com a postura pessoal de suas verdades individuais sobre a sua própria vida e coração; ele precisa ter uma experiência religiosa plena, rica e profunda das grandes doutrinas que ele estuda; ele precisa estar vivendo em plena comunhão com Deus, estar sempre descansando nos braços de seu Redentor, para sempre estar cheio das direções reveladas do Espírito Santo. O estudante de teologia sistemática precisa ter uma natureza religiosa, que é mui sensível, um coração totalmente consagrado e um derramamento do Espírito Santo sobre a sua vida, que o encherá com aquele discernimento, sem o qual, toda a sua capacidade é vã. Ele precisa ser, não apenas um estudante, não apenas um pensador, não apenas um sistematizador, não apenas um professor, antes, ele mesmo precisa ser semelhante àquele discípulo amado no sentido mais elevado, verdadeiro e santificado, enfim, um que teme a Deus.



Extraído de Teologia Sistemática, por Morton H. Smith, página 20

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