Vasos de Honra

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A ESPERANÇA NATALINA


Rev. Ivan G. G. Ross

Leitura Bíblica: Lucas 1:76-79

Introdução: Podemos conhecer a história da vinda e do nascimento de João Batista pela leitura de Lucas 1:8-25, 57-66. Agora, na leitura que acabamos de fazer, vemos Zacarias encurvado, contemplando seu recém-nascido filho, João Batista; e, de repente,  ele exclama, com uma voz cheia de louvor e gratidão: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor (Jesus Cristo), preparando-lhe os caminhos” (V.76). Esse ministério preparativo de João Batista abordaria três assuntos principais: a) Anunciar que o prometido Messias, Jesus Cristo, estava à porta,  pronto para dar início a seu ministério redentor; b) Despertar a consciência do povo quanto ao seu estado pecaminoso e à necessidade de um arrependimento que produz o abandono do pecado; c) Dar conhecimento da salvação e da acessibilidade dela mediante uma fé verdadeira na obra redentora de Jesus Cristo. Agora, estamos prontos para ouvir a respeito da Esperança Natalina.

1. A Prontidão de Jesus Cristo. “Vindo, porém, a plenitude do tempo (quando todos os preparativos estavam no devido lugar), Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl. 4:4-5). Devemos lembrar que ao dar o seu Filho unigênito, Deus estava demonstrando a sua “entranhável misericórdia” para conosco, pecadores; uma misericórdia que emanava das profundezas de seu interior.

Devemos meditar sobre a prontidão de Jesus Cristo “para dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45). É mui comovente sentir, de uma maneira pessoal, que Cristo “ me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2:20). E ouvir o testemunho do próprio Cristo: “ Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas ... Ninguém a tira de mim, pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo. 10:11,18). Cristo afirmou: “ Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos. Vós sois os meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo. 15:13-14).

Devemos também pensar sobre o preço que Cristo pagou a fim de realizar a nossa redenção, libertação da pena da morte que pairava sobre cada um de nós, os pecadores. O Apóstolo usou estas palavras tocantes: “Pois Ele (Jesus Cristo), subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou assumindo a forma de servo, tornando-se  em semelhança de homens, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (Fp. 2:6-8). E, se perguntarmos: por que a cruz? Respondemos: Esta foi a única maneira para resolver o problema do pecado. “Aquele que não conheceu o pecado, ele (Deus o Pai) o fez pecado por nós; para que nele (Cristo Jesus), fôssemos feitos justiça de Deus” – feitos aceitáveis diante do Pai (2Co. 5:21). Em virtude da morte substitutiva de Cristo, podemos confessar: “Nele, temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef. 1:7). Agora à luz dessas verdades, qual é o nosso dever? “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1Co. 6:20).

2. A Proposta de Jesus Cristo. . Cristo revela a realidade da sua obra redentora, iluminando o entendimento dos que “jazem nas trevas da sombra da morte” (V.79ª). A pessoa que jaz nas trevas está numa situação de desesperança e de perdição, tem olhos para ver, mas não enxerga e nem entende os valores espirituais. Essa é a situação do pecador que não tem Cristo direcionando a sua vida. E, sem a intervenção soberana da parte de Deus, todos nós permaneceríamos nas trevas da perdição. Mas Cristo veio para nos dar esperança, dizendo: “Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não  andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo. 8:12). Cristo é o dom de Deus para pecadores. Quando Jesus veio à terra de Zebulom, terra de Naftali, “o povo que jazia em trevas viu  grande luz; e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz” (Mt. 4:15-16).

Porém, na realidade, qual é a atitude do pecador diante da pessoa de Jesus Cristo, a luz do mundo? “O julgamento é este: que a luz (Jesus Cristo) veio  ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más”(Jo. 3:19). Contudo, ouça a palavra de Cristo: “Em verdade em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo. 6:47).
Eis a proposta de Cristo: se alguém se aproxima de Jesus Cristo, crendo em sua obra redentora, será recebido por Deus. “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts. 2:13-14). Graças a Deus por sua “entranhável misericórdia”. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:13).  

3. A Proteção de Jesus Cristo. Cristo nos protege, dirigindo “os nossos pés pelo caminho da paz” (V.79b). Mas como é que ele dirige a nossa vida? A resposta é: “Pelo Espírito Santo que nos foi outorgado” (Rm. 5:5). Ou, como o Apóstolo perguntou: “Não sabeis que sois santuários de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co. 3:16). E Cristo prometeu: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido” (Jo. 16:13). Agora, a ordem é esta: “Digo, porém, andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne  ... Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl. 5:16,25). E, para fortalecer a nossa confiança,  está escrito: “Pois todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm. 8:14). Dessa maneira, Cristo dirige os  nossos pés pelo caminho da paz.

Sabendo que o Espírito Santo é o dom que Deus nos dá, perguntamos: Quando é que recebemos o Espírito Santo em nossa vida? Eis a resposta da Bíblia: “Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da vossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef. 1:13-14). A habitação do Espírito Santo em nossa vida é a prova e a garantia da nossa salvação. “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o Espírito (que habita em nós) é vida por causa da justiça”- uma justiça adquirida por nós mediante a morte substitutiva de Jesus Cristo, (Rm. 8:9-10). Cristo veio para dirigir os nossos pés pelo caminho da paz. Por essa razão, veio “uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc. 2:13-14).


Conclusão: O que é Esperança Natalina? Ela está na história de como Deus “nos suscitou plena e poderosa salvação”, mediante o envio de seu Filho unigênito. A esperança dessa salvação nasce quando cremos que Cristo veio a este mundo, de acordo com a promessa profética, para  buscar e salvar pecadores tais como cada um de nós. Como Ele mesmo testificou: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo. 10:10). Ele veio como a luz do mundo, a fim de iluminar os nossos olhos espirituais, para que pudéssemos conhecer o plano da salvação. Ele veio para dirigir os nossos pés para a fonte desta salvação, para que crendo, pudéssemos experimentar paz com Deus. Eis a promessa para aqueles que crêem, de coração, em Cristo Jesus como o seu Senhor e Salvador: serão salvos; e o resultado será: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo sempre” (Sl. 23:6). Tenha um Feliz Natal, com Cristo dirigindo a sua vida, a esperança da glória, (Cl. 1:27).

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